A psicóloga Cleyde Prado Maia, mãe da estudante Gabriela, morta por bala perdida no metrô do Rio em 2003, sofreu um acidente vascular cerebral nesta quinta-feira (4) de manhã e, segundo o marido, Santiago, não tem mais chances de sobreviver. “O médicos aguardam apenas o resultado dos exames para diagnosticar a morte cerebral”, disse ele. O casal ficou conhecido depois da morte da filha, quando criaram o Instituto Sou da Paz e lideraram a campanha “Diga Não à Impunidade”.
Em dois anos, eles recolheram um milhão e trezentas mil assinaturas e entregaram o Projeto de Iniciativa Popular no Congresso Nacional, pedindo alterações no Código Penal que diminuam brechas que promovem a impunidade.
Cleyde tinha pressão alta e passou mal em casa, na quinta de manhã. Foi levada para uma clínica no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde mora, e transferida em estado grave para a clínica Ênio Serra, em Laranjeiras, na zona sul da cidade. O marido disse que, caso a morte cerebral seja confirmada, pretende doar todos os seus órgãos. “Quando a Gabriela morreu não conseguimos por causa de problemas burocráticos”, afirmou.