Mãe de Eliza recebe guarda do neto e o levará para MS

Quase um dia após conseguir a guarda do neto na Justiça, Sônia Fátima Moura, mãe de Eliza Samudio, deve embarcar ainda hoje com o neto Bruno, de Foz do Iguaçu (PR) com destino a Campo Grande (MS). Sônia comemorou o parecer favorável na Justiça, o que considera ser apenas a primeira vitória. Ela disse que deseja agora dar ao neto o que não pode dar à filha. Eliza, ex-amante do goleiro do Flamengo Bruno Fernandes Souza, está desaparecida há cerca de um mês. Ela tentava provar na Justiça que o atleta é pai de seu filho, que amanhã completa cinco meses.

Ainda no Conselho Tutelar, a avó, chorando, declarou estar aliviada. “Agora é levar a vida para frente, cuidar do meu neto, dar amor e carinho para ele. Isso, infelizmente, minha filha não vai poder mais dar. Ele é um pedacinho da Eliza que vou ter perto de mim”, disse. “Não tenho como explicar a emoção desse momento.” Antes de seguirem para o aeroporto, Sônia e a advogada Maria Lúcia Borges Gomes levaram a criança ao médico. Com início de bronquite, foi medicado e recebeu o atestado do pediatra para viajar.

O bebê teve o primeiro contato com a avó na sede do Conselho Tutelar, em Foz do Iguaçu. Tanto o pai como a mãe de Eliza disputam judicialmente a guarda definitiva da criança. Luís Carlos Samudio, pai da jovem desaparecida, permaneceu com a guarda do neto por quase duas semanas, desde que o resgatou de um abrigo em Contagem (MG), no dia 27 de junho. Ontem, porém, a decisão foi revertida em favor de Sônia logo após a divulgação de que Samudio recorre de uma acusação de estupro – pela qual já foi condenado em primeira instância.

Questionada sobre os interesses que teria sobre o neto, já que teria criado Eliza por apenas cinco meses e a abandonado, Sônia retrucou. “É mentira o que estão dizendo. Minha filha viveu comigo até os três anos, quando me separei do pai dela. O nosso relacionamento era conturbado. Ele (Samudio) chegou a me agredir fisicamente. Em uma das vezes fiquei com o olho roxo. Quando fui embora de Foz, ela tinha nove anos. Quanto ao Bruno (goleiro), na verdade, até preferiria que meu neto não fosse filho dele.”

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