O desespero que levou a dona de casa Maria Aparecida a acorrentar o filho adotivo de 14 anos dentro de casa, na periferia de Maceió, mobilizou até a Secretaria Municipal de Saúde. O drama da dona de casa foi noticiado por uma emissora de rádio. Ela relatou que já era a quarta vez que acorrentava o filho para manter o garoto longe das drogas, principalmente o crack. O menor M.B.V. é suspeito de roubar objetos de casa e dos vizinhos para trocar por drogas.
Maria Aparecida disse que não sabe mais o que fazer para livrar o filho da dependência química, por isso prefere mantê-lo acorrentado dentro de casa. “Estou desesperada com o meu filho desse jeito. Ele nega, mas sei que usa droga na rua”. A mãe do garoto informou que já procurou o Conselho Tutelar para solicitar ajuda, mas como o menor mora com os pais, os conselheiros disseram que não poderiam ajudar. Além do menor, Maria Aparecida tem mais três filhos.
O apelo da dona de casa sensibilizou o secretário municipal de Saúde, Francisco Lima, que enviou uma equipe especializada em usuários de álcool e drogas para avaliar o quadro do menor e levá-lo para tratamento. Quando a equipe médica chegou, o menor havia acabado de fugir. A mãe mostrou que o menor estava acorrentado numa pilastra de alvenaria dentro de casa, mas abriu o cadeado da corrente com um pedaço de arame.
