A madrasta do menino Bernardo Uglione Boldrini, Graciele Ugulini, foi transferida da Penitenciária Modulada de Ijuí, no noroeste do Rio Grande do Sul, para a Penitenciária Feminina de Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre, nesta sábado, 3. Outros dois presos temporariamente e citados pela polícia como também suspeitos pelo assassinato do garoto já haviam sido deslocados para penitenciárias próximas à capital gaúcha na semana passada. O pai, Leandro Boldrini, está em Charqueadas. A assistente social Edelvânia Wirganovicz está em Guaíba. Tanto ela quanto Graciele ficarão em celas individuais, separadas, e não poderão se encontrar. Embora não tenha sido confirmado pela Superintendência dos Serviços Penitenciários, o motivo das transferências seriam ameaças que outros presos estariam fazendo aos três.
Bernardo sumiu de casa, em Três Passos, no dia 4 de abril. O corpo foi encontrado em Frederico Westphalen, a 80 quilômetros, no dia 14 de abril. O garoto tinha 11 anos. Em depoimento, Graciele admitiu que o garoto morreu em suas mãos, mas atribuiu a causa à ingestão “acidental” de calmantes que ela deu ao enteado. A defesa de Edelvânia sustenta que ela ajudou a ocultar o cadáver, mas não teve participação na morte. E o advogado de Leandro afirma que o médico é inocente.