O Brasil amanheceu de luto naquele 22 de abril de 1985. E, no dia seguinte, em O Estado, a manchete de capa destacava um dos fatos que mais marcaram o Brasil nestes últimos 56 anos: Milhões dão adeus a Tancredo. Em São Paulo, as pessoas se aglomeravam nas ruas para a despedida do presidente; em Curitiba, tristeza e comoção. Nas bancas do centro, o movimento era intenso. Todos queriam notícias sobre a morte de Tancredo Neves, vítima de uma suposta diverticulite abdominal, envolta em mistérios até os dias de hoje.
A chegada a Brasília do corpo de Tancredo, com a bandeira do Brasil hasteada a meio pau, também era destaque, bem como o comovente velório em Belo Horizonte. A repercussão no Paraná dizia do luto oficial decretado pelo então governador José Richa de oito dias. Aníbal Curi, primeiro secretário da Assembléia Legislativa do Estado, também convocava os deputados para sessão permanente em homenagem póstuma. Sarney era oficialmente anunciado como o novo presidente do Brasil.
Lamentando a morte do presidente, Richa declarava a tristeza dos paranaenses, afirmando que Tancredo jamais seria esquecido. E ele jamais foi.