Lutador diz se ‘sentir um lixo’ por matar e esquartejar a tia

O lutador de jiu-jítsu Guilherme Lozano Oliveira, de 22 anos, fichado na polícia como skinhead e neonazista, disse se sentir “um lixo” após matar, esquartejar e guardar partes do corpo da própria tia em um freezer. A declaração foi dada em entrevista ao Fantástico, da TV Globo.

“Me sinto hoje, sinceramente, depois de tudo isso, me sinto um lixo”, afirmou Oliveira, que foi preso na semana passada pela morte de Kely Cristina de Oliveira, de 44 anos. A tia morreu em decorrência de um golpe mata-leão: com o braço em torno do pescoço da vítima, o agressor acabou sufocando-a. À TV, o skinhead disse que foi um “acidente”.

“A gente começou uma discussão. Ela veio com a intenção de uma agressão e, para tentar contê-la, eu dei um golpe de jiu-jítsu nela, chamado ‘mata-leão’. Para tentar acalmá-la, na intenção de desmaiá-la, mas…”, disse. O suspeito também afirmou que a tia sofria de bipolaridade e tinha mudanças repentinas de humor. “Foi um acidente porque eu fui contê-la, aconteceu.”

O crime ocorreu há dois meses, mas só na semana passada foi descoberto, porque o pai do agressor desconfiou do sumiço da irmã e chamou a polícia. Oliveira ainda tentou fugir, mas acabou preso. “Eu entrei em desespero. Como eu já tinha um processo passado, já tinha uma condenação, pensei muito na minha filha. Eu fiquei com medo de voltar pra cadeia.”

Ele passou oito meses atrás das grades em 2011, depois de participar de uma emboscada de skinheads contra punks e de matar a facadas um dos rivais: Johni Raoni Galanciak. O crime aconteceu na frente do Carioca Club, em Pinheiros, zona oeste. Acabou solto pela Justiça.

Condenado a 15 anos, apelou da sentença e aguardava o julgamento do recurso em liberdade. Na entrevista, ele nega ter matado Galanciak. “Foram algumas pessoas que eu prefiro não citar nomes.”

Na entrevista, Oliveira negou que é nazista e disse não ser uma pessoa violenta, mas que decidiu esquartejar a tia após estar “bem alcoolizado”. Segundo afirma, ele havia bebido uísque. Também disse que tinha uma boa relação com a tia. “Saíamos, almoçava fora, teatro, cinema, sempre foi uma relação amigável. Eu quero pagar pelo que eu fiz e sair uma outra pessoa.”

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