Lupi admite deficiência do Estado na qualificação do trabalhador

Brasília – O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, admitiu nesta quarta-feira (12) que o Estado é deficiente em promover uma melhor qualificação profissional do trabalhador, e por isso o país está ?muito aquém da necessidade do mercado de trabalho?.

Durante o lançamento do Anuário 2007: Qualificação Social e Profissional, o ministro afirmou que ?em muitos setores você percebe que já falta gente qualificada para o trabalho. Se esse trabalhador não se qualificar para o mercado, que evolui e que cada vez mais exige dele uma especificação, ele não vai conseguir um emprego?.

Ele lembrou que não há, atualmente, uma política voltada para uma escola técnica nacional, com o objetivo específico de qualificar profissionais. Segundo Lupi, a iniciativa exige parcerias com o estado, os municípios e as organizações não-governamentais (ONGs).

Ao comentar a redução do período mínimo de experiência exigido para contratos de trabalho para seis meses, o ministro disse que a proposta busca atender o próprio mercado.

?Você tem uma grande quantidade de jovens que não conseguem ter emprego porque nunca trabalharam. Como punir quem nunca trabalhou, exigindo uma experiência que ele não tem? Diminuindo para seis meses, a estratégia visa ampliar os horizontes para uma faixa da sociedade que precisa ter a oportunidade de provar sua competência?, afirmou.

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