A pesquisa CNI/Ibope divulgada ontem mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegaria à frente dos adversários em todas as simulações de primeiro turno. Numa disputa com o governador paulista Geraldo Alckmin, escolhido pelos tucanos, nem haveria segundo turno, o que só aconteceria se o candidato tucano fosse o prefeito José Serra, considerando se a eleição fosse hoje.
O presidente Lula venceria Alckmin já no primeiro turno, por 43% a 19%. Enquanto o governador oscilou dentro da margem de erro, passando de 20% em dezembro para 19% agora, Lula cresceu 11 pontos percentuais, passando de 32% para 43%. Neste cenário, o ex-governador Anthony Garotinho (PMDB) teria 14%, e a senadora Heloisa Helena (PSOL-AL), 5%. Brancos e nulos teriam 11%. Não souberam ou não opinaram, 8%.Num hipotético segundo turno, Lula venceria com 49%, contra 31% do governador.
Com o prefeito José Serra, a disputa seria mais apertada. Lula venceria o primeiro turno com 40%, contra 31% do prefeito. Em dezembro, Serra aparecia na frente com 37% e Lula com 31%. Num possível segundo turno, Lula teria 44% e Serra, 40%. No levantamento de março, o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, ficaria com 8% das intenções de votos e a senadora Heloísa Helena, com 4%.
Quando o nome do candidato do PMDB é substituído, o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto ficaria com 2% das intenções de votos na disputa com Serra, e 3% na lista com Alckmin.
Nas simulações para o segundo turno, Lula abriu vantagem em relação aos possíveis concorrentes. No levantamento de dezembro, Alckmin aparecia empatado tecnicamente com o presidente (41% a 37% a favor do petista). Agora a diferença aumentou para 18 pontos percentuais. Lula venceria com 49% das intenções de votos, enquanto Alckmin ficaria com 31%. Na pesquisa anterior, Serra liderava por 13 pontos (48% a 35%) e agora aparece quatro pontos atrás do presidente (44% a 40%), numa situação de empate técnico. Nos demais cenários, Lula tem vantagem em relação aos nomes apresentados.
O levantamento foi feito entre os dias 8 a 11 de março com 2.002 eleitores, em 143 municípios do país. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Aprovação
A avaliação do governo Lula no período entre dezembro de 2005 e março de 2006 cresceu 9 pontos, segundo pesquisa CNI/Ibope. Em dezembro, o percentual de entrevistados que avaliavam o governo como ótimo e bom era de 29% e neste mês de março subiu para 38%. A avaliação ruim e péssima caiu de 32% em dezembro para 22% em março, enquanto a regular oscilou de 37% para 39%. Não sabem ou não opinaram 1%.
Segundo o Ibope, depois de dois períodos com resultado negativo, a diferença entre ótimo/bom e ruim/péssimo atinge 16 pontos positivos. Há três meses, esse saldo era de 3 pontos negativos. A aprovação do governo Lula subiu de 42% em dezembro para 55% (13 pontos) em março e a desaprovação caiu de 52% para 39%. A confiança no presidente cresceu 10 pontos percentuais de dezembro de 2005 para março de 2006, passando de 43% para 53%. A falta de confiança fez o caminho inverso, caindo de 53% para 43%.
A pesquisa indica que o governo conseguiu recuperar sua popularidade em todos os segmentos, com crescimento expressivo das avaliações nas cinco regiões do país e em todas as faixas sócio-econômicas. Por faixa etária, o movimento mais expressivo ocorreu entre os jovens na faixa de 16 a 24 anos de idade. O percentual dos que aprovam a maneira como o presidente Lula está governando o Brasil subiu de 42% em dezembro para 55% em março. Já o percentual dos que desaprovam teve queda, passando de 52% para 39%.