O assessor de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, confirmou nesta segunda-feira (21), em nota, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou para a presidente argentina Cristina Kirchner, na sexta-feira, mas negou que a iniciativa tinha o objetivo de consolá-la pela crise política aberta com a derrubada, no Senado, do aumento do imposto de exportação nos produtos agropecuários (retenciones). Segundo Garcia, foram dois telefonemas, mas Lula não conseguiu falar com a presidente do país vizinho.
A publicação argentina El Cronista e, no Brasil, a revista Veja publicaram a informação do telefonema. Informa o comunicado de Garcia que, em viagem à Bolívia, na sexta-feira, Lula fez um primeiro telefonema, mas Cristina Kirchner estava em audiência com o presidente da Lituânia, Valdas Adamkus, que passara na quarta-feira por Brasília. O presidente brasileiro telefonou uma segunda vez, à noite, mas a diferença de fuso horário com Buenos Aires frustrou novamente o contato com a presidente argentina, conforme a nota.
No sábado e ontem, a agenda de Lula na Colômbia não permitiu uma terceira tentativa de contato, informou ainda Garcia. O assessor de Assuntos Internacionais da Presidência afirma na nota que a relação “fraterna” entre Lula e Cristina Kirchner não admite que o presidente brasileiro aborde com a colega argentina questões políticas internas do país vizinho.
