Lula reclama de informações desencontradas sobre o PAC

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamou nesta quarta-feira (19) que ainda existem problemas na transparência das ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em especial porque existem "informações desencontradas" nos ministérios e por causa de questões culturais que travam a máquina pública.

A declaração foi em discurso durante reunião, no Palácio do Planalto, na qual ele saudou os servidores de Executivo diretamente envolvidos na implantação do PAC, tanto no Conselho Gestor, coordenado pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, quanto nos conselhos dos ministérios.

O presidente disse que quando se procura informações junto a três fontes do mesmo ministério é provável se obter três números diferentes sobre o mesmo projeto. Ele afirmou que a partir de agora só vai mencionar números de obras e investimentos anunciando qual o ministro que deu a informação, porque o presidente, segundo ele, não pode passar por mentiroso.

O presidente reclamou que em alguns casos o ritmo dos trabalhos "fica a desejar". Mencionou como exemplo o cancelamento de uma viagem que faria à Curitiba para inaugurar um programa de habitação e saneamento gerenciado pela Caixa Econômica Federal (CEF), porque a obra não ficou pronta a tempo, ?mesmo com o PAC dispondo de recursos e de vontade política?.

Ele ressaltou, porém, que os problemas de atraso de obras são hoje "bem menores que no primeiro mandato, quando os métodos e burocracias atrapalhavam mais. Era um tal de cada um passar responsabilidade para o outro, e o prejudicado era o país todo".

?É impensável que a gente possa viver construindo um país em que as mais diferentes células da máquina pública não conversem entre si?, disse o presidente.

De acordo com Lula, todos os membros do governo devem se engajar, porque "o PAC não é do presidente, nem dos ministros, mas sim um projeto para o país, para nossos filhos e netos".

Ao final da solenidade foi realizada uma reunião ministerial, na Casa Civil, para uma avaliação dos gargalos na construção de usinas hidrelétricas e exploração de minérios.

Participaram da reunião os ministros Edison Lobão, de Minas e Energia; Marina Silva, do Meio Ambiente; e Tarso Genro, da Justiça, além de dirigentes da Petrobras, Eletrobrás e da Empresa de Pesquisa Energética.

O encontro não foi conclusivo e nova reunião será realizada na próxima terça-feira (25) com o mesmo grupo.

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