O presidente Luiz Inácio da Silva procurou rechaçar as principais críticas ao aumento da produção de etanol e biocombustíveis no Brasil e em outros países em desenvolvimento. Diante de uma platéia de autoridades, acadêmicos e empresários de todo o mundo, ele disse que um aumento do consumo global de etanol e outros biocombustíveis não ameaça a produção de commodities agrícolas destinadas a alimentos.

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Ao discursar durante a Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, na sede da Comissão Européia, ele também rebateu as análises de que a ampliação da produção brasileira de etanol poderá acelerar o desmatamento da floresta Amazônica.

"A experiência brasileira mostra ser incorreta a oposição entre uma agricultura voltada para a produção de alimentos e outra para a produção de energia", disse Lula. "A fome no meu País diminuiu no mesmo período em que aumentou o uso de biocombustíveis." Ele afirmou que no Estado de São Paulo, que é o maior produtor de cana do Brasil, "houve um incremento na produção agropecuária" nas últimas décadas.

O presidente enfatizou que apenas 0,4% do território brasileiro é usado para a plantação de cana-de-açúcar. "E fica muito distante da Amazônia, região que não se presta para o cultivo da cana", disse. "Se a Amazônia fosse importante para plantar a cana, os portugueses que a introduziram no Brasil a tantos séculos atrás, já teriam feito a levado para lá.

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