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 Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Presidente promete grande reforma na educação com o PDE.

Brasília – O governo federal apresentou ontem o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), cujo objetivo é estabelecer sistemas de definição de metas, de avaliação e de cobrança de resultados nas escolas de todo o País. Da Provinha Brasil – uma avaliação que vai incluir estudantes a partir dos 6 anos de idade para descobrir se as crianças estão aprendendo – à ampliação do Bolsa Família para incluir jovens de 16 e 17 anos, todas as ações passam pela idéia de aumentar o alcance e o resultado do sistema educacional, investindo dinheiro e recursos técnicos para tirar a educação do ?pior dos mundos?, conforme definiu o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao apresentar o plano para uma platéia de educadores.

O objetivo é enfrentar o principal problema da educação brasileira: os resultados pífios das últimas décadas, que criaram uma geração de crianças e jovens que estudam mas não aprendem, abandonam a escola e engordam a legião de adultos com baixa escolaridade no País. Embora o plano seja abrangente, seu foco principal é a educação básica. Pela primeira vez, o Ministério da Educação pretende usar as avaliações feitas há 10 anos para criar metas objetivas para cada sistema municipal e estadual de educação, assim como para o País. Hoje, as avaliações nacionais e internacionais colocam o Brasil no fim da fila da qualidade, mas não se consegue dizer o quanto se precisa melhorar para ser razoável, bom ou ótimo.

Agora, o governo federal vai transformar as avaliações em notas, de 0 a 10, conjugando os resultados da Prova Brasil – uma avaliação nacional de todas as turmas de 4.ª e 8.ª série do ensino fundamental – com os índices de repetência e evasão escolar. Os resultados não estão prontos, mas já se sabe que pelo menos mil dos 5.560 municípios brasileiros estão em situação muito crítica. Apenas 200 poderiam ser considerados excelentes. ?Vamos dar assistência técnica e recursos para as redes. Há municípios que têm capacidade financeira e precisam apenas de apoio de gestão. Outros, precisam de apoio tecnológico e financeiro, então vamos fazer um plano de trabalho com eles e aportar recursos adicionais?, explicou o ministro da Educação, Fernando Haddad. Ao todo, o plano de educação deverá custar R$ 8 bilhões nos próximos quatro anos. 

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