Lula protela reeleição, mas PT já se articula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, ao sair de encontro com empresários na confederação das indústrias da Itália, que não tem interesse nem se sente pressionado a tomar agora uma decisão sobre candidatar-se ou não, em 2006, a um segundo mandato presidencial.

"Eu não estou candidato. É uma decisão que não tenho interesse em tomar agora. Tenho tempo. Quem precisou se filiar a partidos políticos teve de tomar a decisão até 30 de setembro, eu não tenho. Posso esperar maio, posso esperar abril para tomar uma decisão. Estou tranqüilo", afirmou.

O presidente voltou a afirmar que tem restrições em relação à reeleição. "Portanto, meu problema, agora, é aproveitar este bom momento que está dando ao Brasil uma oportunidade de ter participação no mundo muito mais eficaz do que teve até agora", disse.

Estratégia

O presidente eleito do PT, Ricardo Berzoini, afirmou ontem que pretende elaborar uma estratégia política para reeleger Luiz Inácio Lula da Silva presidente da República. Segundo ele, o desafio da nova gestão é recuperar a credibilidade junto à população.

Berzoini comentou também o caso dos parlamentares do PT, acusados de envolvimento no escândalo do mensalão, ressaltando que irá deixar por conta dos diretórios regionais a questão de dar legenda aos parlamentares renunciaram ao mandato.

O deputado PT disse que a instituição partidária não se confundirá mais com o governo e defendeu a criação de regras permanentes para o partido saber como agir em relação ao executivo.

Também o o ministro-chefe da secretaria geral, Luiz Dulci, se manifestou sobre reeleição. Ao ser indagado se considerava importante a manutenção da união de centro-esquerda para o ano que vem, Dulci assegurou que "é sempre importante trabalhar pela união, mas naturalmente, respeitando as diversidades partidárias".

Segundo Dulci, a unidade de candidatura de centro-esquerda tem de ser trabalhada e até ampliada. "Querermos apenas a união de centro-esquerda seria um retrocesso", disse o ministro, ao explicar que isso já ocorreu na eleição passada e que precisa ser aumentada. Para ele, a união PSDB-PFL "é de centro-direita". E alfinetou: "Eles não têm nada da centro-esquerda". Dulci garantiu, no entanto, que ainda não está sendo tratada a reeleição de Lula. 

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