O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que a exploração de petróleo da reserva de Tupi, na Bacia de Santos, pode atrasar. Lula ressaltou a importância de desenvolver tecnologia brasileira para o atender ao crescimento da Petrobras. Ele informou que por conta da dependência de tecnologia estrangeira, pode haver atraso no início das operações na área de Tupi, na Bacia de Santos.

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A previsão inicial era que o primeiro óleo de Tupi fosse retirado em cerimônia do dia 1º de maio, mas a sonda responsável, segundo o presidente, “ainda está em Cingapura, está um bocado atrasado”. Tupi é considerada uma megarreserva de petróleo, com um volume estimado entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris. O óleo está em uma área muito profunda, sob uma camada de sal, abaixo do leito marinho.

Gás

Lula afirmou hoje que o Brasil está caminhando “lentamente” para uma autossuficiência no abastecimento de gás. Em visita ao terminal de regaseificação instalado na Baía de Guanabara, ele destacou que a situação atual é bastante diferente daquela que o Brasil enfrentou com a crise no fornecimento de gás natural da Bolívia.

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“Com esse terminal de GNL (gás natural liquefeito) e mais outros pontos de produção a que estamos dando início no Brasil, queremos mostrar ao mundo que somos independentes nessa área de gás”, disse.

O presidente lembrou, no entanto, que as parcerias internacionais, com a Bolívia ou outros países, deverão continuar. “Houve um tempo em que o Morales (Evo Morales, presidente da Bolívia) era só queixas para com a Petrobras e a Petrobras era só queixas com Evo, mas isso já é passado porque conseguimos implementar em tempo recorde o plano de desenvolvimento de gás no Brasil, estamos diminuindo essa dependência de uma única fonte”, afirmou Lula a bordo do navio responsável pela gaseificação do GNL, construído em Cingapura.

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