Lula pressiona senadores a aprovar prorrogação da CPMF

Brasília – Ao lançar o programa Mais Saúde, também chamado de PAC da Saúde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou para pressionar os senadores a aprovar a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

"Espero que todos tenham juízo e não atrapalhem o que o Brasil levou mais de três décadas para conquistar, que é um momento de tranqüilidade, um momento muito otimista para as próximas décadas. Se a gente não brincar, a gente consegue fazer esse país andar como nunca andou na sua história."

Lula acrescentou, para uma platéia que lotou dois salões do Palácio do Planalto: "Há tempo de protestar, de negociar, de discursar e de votar. Está chegando o momento de o Senado tomar essa decisão, como a Câmara já tomou".

Mais uma vez, o presidente argumentou que a não-aprovação do imposto do cheque não prejudicará seu governo, mas o país. "Em algum momento, os senadores vão ter de apertar o botão [para votar] e aí vamos ver o resultado. Acho que deve prevalecer que o ganhador dessa votação seja o povo brasileiro, o mais humilde", destacou, completando que governadores e senadores devem conversar sobre qual será o efeito para os estados se a CPMF não for prorrogada.

Ele criticou a oposição, que tem se manifestado contra a continuidade do imposto até 2011. "Quando você é oposição, você trabalha com ‘acho’, ‘penso’, ‘acredito’. Quando você chega à Presidência da República, você não faz ou não faz", disse.

Lula ordenou que o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e entidades do setor criem conselho para gerir o dinheiro do PAC da Saúde, que prevê R$ 88,6 bilhões nos próximos quatro anos, sendo R$ 24 bilhões provenientes da CPMF e da regulamentação da Emenda 29.

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