O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode se licenciar do cargo para se dedicar à campanha de seu sucessor em 2010. No jantar que ofereceu aos deputados da base aliada na terça-feira, no Palácio da Alvorada, ele contou que está pensando na idéia de tirar licença para participar da campanha ?e pedir voto?.

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Segundo deputados presentes, ele afirmou que transferência de voto ?é algo que não existe, mas quem sabe pode dar certo?. Em seguida se benzeu, fazendo o sinal-da-cruz, e admitiu que tudo vai depender da popularidade do governo. Há outro senão: Lula exige uma candidatura única dos partidos da base.

Nas eleições municipais, contudo, a idéia é ficar fora dos palanques no primeiro turno, para não entrar em brigas entre aliados. E só participar do segundo turno onde a disputa for entre candidatos do governo e da oposição. Segundo o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), Lula foi claro, dizendo que não quer fazer campanha em 2008, pois ?tem muita gente e muitos partidos?. Admitiu, porém, que pode abrir exceção para cidades em que a coalizão governista tenha candidato único.

O líder do governo na Câmara, José Múcio (PE), disse que o jantar foi uma ?confraternização? da base aliada – estavam presentes cerca de 30 líderes e vice-líderes, além da líder do governo no Congresso, senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), a única mulher. Os deputados garantiram ao presidente que vão votar na terça-feira, em segundo turno, a emenda que prorroga a CPMF, mesmo que seja preciso convocar uma sessão extraordinária à noite.

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