É forte no comando da campanha do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva a tendência para que o candidato “desapareça” no domingo, se vencer a eleição. Lula só reapareceria na segunda-feira, já em Brasília, para uma reunião com os governadores eleitos pelo PT ou por outros partidos que atuaram em aliança com ele no segundo turno. Na terça-feira, se eleito, o petista terá reunião com o presidente Fernando Henrique Cardoso.
O prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, afirmou que o presidenciável do PT não deverá fazer pronunciamento nem comparecer a nenhuma festa, caso vença a eleição. Como os petistas pretendem fazer uma grande concentração na Avenida Paulista, em São Paulo, se Lula for o vitorioso, os militantes terão de se contentar com a presença de outros integrantes do partido, se prevalecer a tese de que ele não apareça nem faça pronunciamento público.
Diálogo
Segundo informação de petistas, no caso de vitória Lula telefonará ainda no domingo para os presidentes de partidos grandes e importantes, como PMDB e PSDB, para dizer que pretende fazer um governo “em que o forte será o diálogo”. O candidato já adiantou que conversará pessoalmente com seu adversário José Serra (PSDB), se ganhar a eleição. Segundo ele, será uma consideração que nunca tiveram com ele nas três eleições anteriores que disputou e perdeu.
Lula pretende passar o sábado que antecede a eleição recluso com sua família, em São Bernardo do Campo. Sua última atividade de campanha será o debate com Serra, na sexta-feira, na Rede Globo. Amanhã, ele se encontrará com o candidato do PMDB ao governo de Santa Catarina, Luiz Henrique, que disputa o segundo turno com o governador Esperidião Amin (PPB), candidato à reeleição. Antes, fará campanha para o petista José Airton, candidato ao governo do Ceará, e para o governador José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT, que disputa a reeleição em Mato Grosso do Sul.
