Lula pede medidas urgentes contra as desigualdades

Genebra – Em discurso na Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Genebra (Suíça), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que se adote “medidas emergenciais” para reduzir as desigualdades entre os países ricos e pobres.

Ele citou a erradicação do trabalho infantil, a luta contra a fome e a pobreza como parte dessas medidas emergenciais, que devem ser associadas a ações estruturais. “Precisamos de medidas emergenciais e de soluções de estrutura. Não quero parecer ingênuo. Sei que muitas vezes as boas intenções não se traduzem em atos concretos. Mas noto uma crescente sensibilidade de outros países em relação aos problemas dos países em desenvolvimento. As nações mostram-se mais receptivas à instauração de um novo modelo econômico, menos concentrador de renda e mais humanitário”, afirmou.

Lula voltou a defender que o combate às desigualdades e a busca por mais justiça social sejam caminhos para a retomada do crescimento econômico no mudo, inclusive nos países mais desenvolvidos. “Não existe desenvolvimento sem justiça social”, afirmou. “O Brasil quer refletir na política externa o reencontro consigo mesmo. Quero mostrar que não existe crescimento econômico justo sem um desenvolvimento social. É necessário revitalizar a cooperação internacional e democratizá-las.”

Comércio

Na defesa de um “comércio internacional verdadeiramente livre”, Lula criticou a posição dos países desenvolvidos de adotarem barreiras comerciais, dizendo que “não é admissível” que haja somente “ganho para uma pequena parcela da população.”

A declaração reforçou seu discurso de domingo, em Evian (França), quando disse que os esforços feitos para competir comercialmente têm esbarrado nos “mecanismos de proteção.” “São pouco encorajadoras as perspectivas das negociações multilaterais na OMC (Organização Mundial do Comércio). O protecionismo segue imperando”, lamentou.

Lula também pediu que seja repensado o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) e que o Conselho Econômico e Social da entidade seja fortalecido. Ressaltou também a importância nas relações com os países vizinhos, que, segundo ele, têm servido para “compartilhar experiências e acertar ações conjuntas”.

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