Senadores do PSDB discordam das declarações de ministros e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o governo já teria, no Senado, votos suficientes para aprovar a emenda que prorroga até 2011 a vigência da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e de que a carga tributária não será reduzida. A bancada tucana no Senado tem almoço marcado com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para o início da tarde, mas vários senadores do PSDB disseram duvidar de que esse encontro venha a produzir um acordo sobre a CPMF.

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"Não sei por que (os governistas) conversam com a gente. É uma técnica primitiva de negociação alardear os votos que não têm", afirmou o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), um dos convidados para o almoço com Mantega. Segundo Guerra, o governo não conseguirá convencer os tucanos de que tem "os 49 votos para aprovar a CPMF que os 13 senadores sabem que não tem." O senador afirma que o PSDB sabe da importância da CPMF para o País e, por isso, ouvirá o que o governo tem a dizer, mas, no entender dos tucanos, o encontro, depois das declarações oficiais, não passará de um simples almoço com o ministro da Fazenda.

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