Em viagem à Europa para participar do encontro de lideranças do G-20 em Londres marcado para esta quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou nesta quarta, de Paris, mensagem de pêsames à presidente da Argentina, Cristina Kirchner, em razão da morte de Raúl Alfonsín, primeiro presidente eleito pelos argentinos após o fim da ditadura militar (1976-1983). Lula manifestou pesar pela morte do líder da transição e lamentou a perda de “um grande construtor da democracia”. O presidente disse que Alfonsín era um “interlocutor e amigo” e afirmou que o argentino deixará a lembrança de “um homem de diálogo com profundas concepções democráticas”.
Acompanhando o presidente Lula na Europa, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, lamentou a morte de Alfonsín em carta enviada ao chanceler argentino, Jorge Taiana. Nas palavras de Amorim, o ex-presidente teve contribuição decisiva nos acordos firmados entre Brasil e Argentina, levando os dois países “rumo à construção de uma aliança estratégica”. De acordo com o chanceler brasileiro, a visão de longo prazo de Alfonsín “foi decisiva para a criação do Mercosul”.
Presidente em exercício na ausência de Lula, José Alencar também manifestou o pesar pela morte do ex-presidente argentino. Para Alencar, Alfonsín foi uma das figuras mais proeminentes da cena política argentina das últimas décadas. “Os argentinos e os defensores da liberdade e da democracia de todos os cantos do mundo serão eternamente gratos à sua contribuição corajosa para a superação de uma das fases mais difíceis da história de seu país”, afirmou.