Ao deixar a representação do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi cauteloso ao comentar as dificuldades apresentadas pelo PMDB para votar a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "Eu tenho de chegar ao Brasil para ver o que está acontecendo para poder dar opinião. Porque, senão, em política, uma palavra equivocada traz tanto transtorno que depois nenhum ditado completo resolve. Deixa eu chegar no Brasil que eu vou ver o que está acontecendo realmente", afirmou.
A declaração foi feita ao ser questionado sobre a irritação do PMDB com o fato de o governo ter nomeado dois petistas para a Petrobras, ignorando a reivindicação dos peemedebistas para a diretoria internacional da empresa. "Não vou dar palpite em uma coisa que eu não conheço. Você é que está me dizendo (que o PMDB ameaçava não votar a CPMF exigindo seus cargos na Petrobrás)", declarou o presidente, insistindo que precisava chegar no Brasil para se inteirar sobre o que realmente estava ocorrendo, para poder opinar.