Brasília – O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quarta-feira (8) que as investigações às quais está submetido não afetaram sua relação com o PMDB e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
?Mais que uma relação político-partidária eu tenho com o presidente Lula uma relação de amizade pessoal. Ele é meu amigo e não iria cobrar nada do Senado Federal. Ele chefia um poder e eu chefio outro poder".
Questionado se a decisão do Democratas (DEM) e do PSDB, de obstruír a pauta de votações da Casa, poderia influir nas relações com o governo, Renan disse ter conversado com Lula ontem por telefone. ?As coisas estão muito bem?.
Ele acrescentou que não teme a obstrução da pauta. ?Só temo a Deus, e vou fazer de tudo para demonstrar que a verdade está comigo, que sou inocente. Não há qualquer prova, qualquer aspas. Isso é uma coisa inédita no Parlamento".
O senadior disse, ainda, que se reuniu hoje com com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e com o presidente do PMDB, Michel Temer (SP) para discutir as suspeitas de atrasos nas votações surgidas a partir da abertura de inquérito contra Renan no Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo ele, tanto o STF quanto o Conselho de Ética do Senado, que também o investiga, são fóruns adequados para que "a sociedade saiba quem está com a razão".
?O que não pode é a sociedade ficar perdida por causa de um noticiário esquizofrênico, onde quem é vítima passa a ser culpado e quem é culpado passa a ser vítima?.
