A informação consta em nota distribuída pela assessoria da Presidência. “Determinaram igualmente que se realizem estudos sobre a utilização de moedas nacionais no comércio bilateral”. Para o argentino, uma moeda comum no bloco econômico é hoje o “sonho” de muitos povos do Mercosul. Lula e Duhalde querem que até 30 de abril os quatro países do bloco apresentem sugestões para formular regras de administração da tarifa externa comum (TEC), que incide sobre as importações. Brasil e Argentina comprometeram-se a favorecer a redução significativa das unilateralidades na aplicação da TEC.
No campo social, os presidentes instruíram seus ministros a definirem, em curto prazo, um programa de cooperação bilateral no campo do combate à fome e à pobreza. Os dois governantes assinalaram a promoção da agricultura familiar, a pesca e a implementação de políticas eficazes de saúde, emprego, educação e direitos humanos, com respeito ao meio ambiente, como focos de ação.
Após o almoço oferecido a Duhalde no Palácio do Itamaraty, Lula fez um rápido discurso elogiando o colega argentino. Lula disse que sob o comando de Duhalde a Argentina conseguiu derrubar “uma a uma” todas as previsões pessimistas sobre sua economia, caminhando em direção à estabilização e combatendo o empobrecimento da população. Lula prometeu fornecer detalhes em breve, mas adiantou que os ministros do Brasil e da Argentina vão se reunir de forma mais constante. “O Mercosul precisa ser praticamente reconstruído”, declarou Lula, defendendo uma aliança que pense não só nas oportunidades comerciais, mas leve em conta a riqueza cultural, as políticas sociais e as relações políticas dos países membros. “