O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que só depois das festas de Natal e Ano Novo é que pensará em medidas para compensar as perdas causadas pela extinção da CPMF. O presidente informou que somente em fevereiro as propostas de medidas serão enviadas ao Congresso, mas não afastou a possibilidade de medidas emergenciais: "Claro que, se precisar, podemos ter algumas medidas administrativas emergenciais", afirmou.

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Lula negou que pretenda enviar as medidas ao Congresso em um "pacote" único e deu a entender que elas serão remetidas aos poucos. "Eu falei com meus ministros que não quero ouvir a palavra pacote. Prefiro comprar de unidade em unidade. O Brasil já foi vítima de muitos pacotes. Só vou pensar em medidas depois do Ano Novo." O presidente fez questão de ressaltar que qualquer proposta de medida destinada a compensar as perdas com o fim da CPMF será discutida com o Congresso.

O presidente evitou comentar sobre a possibilidade de o governo aumentar impostos para cobrir as perdas de arrecadação: "Eu não disse que vai ter (impostos) ou que não vai ter. Essa pergunta é mais antiga que Confúcio", disse ele, referindo-se ao filósofo chinês que viveu de 551 a.C. a 479 a.C. E explicou: "Qualquer coisa que eu fale é como se admitisse alguma coisa.

O presidente confirmou que o governo apresentará no início de 2008 a proposta de uma política industrial. Informou que a proposta inicial do governo, que tinha ficado pronta em novembro terá que ser repensada. "Porque tem uma série de desonerações", explicou.

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