Lula diz que pacote para obras de 500 mil casas sai em 10 dias

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (3) que nos próximos dez dias o governo deverá anunciar um pacote habitacional que prevê a construção de 500 mil novas moradias, além das que serão financiadas pela Caixa Econômica Federal (CEF). De acordo com Lula, este programa faz parte de um esforço conjunto entre os ministérios das Cidades, da Fazenda e da Casa Civil.

Em discurso durante a inauguração da reforma da Escola Luiz Carlos da Vila, em Manguinhos (zona norte), no Rio, o presidente disse que o plano habitacional é uma forma de combater a crise mundial, pois vai gerar empregos. “Temos que gerar empregos, vamos tentar mostrar aos países ricos que sempre ditaram o que a gente tinha que fazer: agora façam o que estamos fazendo”, afirmou.

Nesse esforço para criar novas unidades habitacionais, Lula afirmou que o governo pretende utilizar prédios do INSS que não estão ocupados, mas que mantêm boas condições de uso, como moradia para a população carente. Como exemplo, ele citou um prédio em São Paulo, localizado na Av. Nove de Julho, que o governo pretende oferecer para a população carente. O presidente reclamou, porém, que os moradores da região fizeram abaixo-assinado contra o projeto.

PAC

Acompanhando o presidente Lula, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, defendeu o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das críticas que tem recebido. “Tem gente que diz que o PAC é fruto de marketing, que só existe no papel. Estamos aqui pegando o PAC com as mãos”, disse a ministra ao discursar na cerimônia de inauguração de uma escola, que é o primeiro equipamento do projeto de urbanização da favela a ficar pronto.

A escola foi instalada em antigo edifício do Exército, que foi reformado e ganhou um anexo e uma rampa. No mesmo terreno, ainda há um grande canteiro de obras, no qual será construído um complexo esportivo com piscinas e 1.700 unidades habitacionais.

O PAC em Manguinhos ainda prevê a elevação de uma linha férrea que divide a favela e a criação de um parque, além de unidades hospitalares e a dragagem de rios. A ministra disse aos moradores que todas as obras serão concluídas até abril de 2010.

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