O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (17), em discurso no Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que a reforma tributária vai sair. Ele disse que vê agora um avanço importante e um clima na sociedade de que é possível "se não fazer a perfeita, a mais adequada para o momento em que estamos vivendo".
Lula observou, no entanto, temer que as discussões em torno da reforma tributária fiquem simplesmente no "é preciso que desonere isso, aquilo, e baixar os impostos…". "O meu medo é que a conta não feche", disse Lula, acrescentando que a economia do País é como o balanço de uma empresa. "Se o Abílio Diniz não vender mais do que ele comprou ele estará desgramado", afirmou, referindo-se ao empresário do setor de alimentos.
Lula disse que é preciso demarcar as prioridades na reforma tributária. Ele lembrou que há três anos vem tentando reduzir o preço do gás de cozinha para a dona de casa, mas encontra dificuldades porque cada Estado cobre imposto diferente. Ele acrescentou que o Brasil não escapará dessas reformas e lembrou que a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas já é uma pequena reforma tributária e trabalhista. Ele disse que no Brasil quando se marca um "gol" na economia nem se comemora porque se está querendo marcar outro.