Nova Delhi (Índia) – Ao encerrar o seminário sobre oportunidades de negócios entre Brasil e Índia, na tarde desta segunda-feira (4), em Nova Delhi, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo a empresários brasileiros e indianos para que não desanimem com a distância entre os dois países. Não há vôos diretos entre Brasil e Índia e a viagem dura cerca de 24 horas.
?Eu viajei da minha terra natal até São Paulo 13 dias e não cheguei cansado?, provocou o presidente. ?Para mim, não haverá distância. Só não venho a nado porque tenho problema de bursite?, brincou.
Lula pediu que o empresariado use a criatividade para descobrir novos ?nichos de oportunidades?. Como exemplo, mencionou o potencial dos setores de produção de biocombustíveis e medicamentos ? havia expectativa de assinatura de algum acordo entre Brasil e Índia nestas áreas, mas nada foi firmado.
?O Brasil pode dar uma contribuição extraordinária ao desenvolvimento da Índia na área de tecnologia agrícola e a Índia pode dar uma contribuição extraordinária ao Brasil na área da indústria de fármacos?, citou Lula.
O presidente pediu o apoio do empresariado para a criação de um mercado mundial para os combustíveis renováveis. ?Os biocombustíveis têm forte impacto social. Não comprometem a segurança alimentar, geram emprego e renda e podem beneficiar os países mais pobres? disse.
?Mas, para que possamos estabelecer um mercado mundial para os combustíveis renováveis, não basta a iniciativa de nossos governos. Precisamos da participação ativa do setor privado do Brasil, da Índia, entre outros países.?
