O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que apenas o ministro da Defesa, Nelson Jobim, falará em nome do governo a respeito da crise no setor aéreo. A informação foi dada por assessores do Palácio do Planalto após a reunião desta segunda-feira (30) com os ministros do grupo de Coordenação Política e com o ministro da Defesa.

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Jobim terá também autonomia para escolher o novo presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). Na reunião, Lula deixou claro que o novo ministro começa com influência no governo. O Planalto já concordou com a decisão de Jobim de não nomear o ex-presidente do Banco do Brasil Rossano Maranhão para o comando da Infraero. A escolha de Maranhão era defendida por ministros do governo, mas ele, no entanto, não é ligado ao novo ministro da Defesa.

Jobim teve pela manhã, no Planalto, uma audiência privada com o presidente Lula e fez um balanço de suas primeiras ações à frente do ministério. Depois, Lula o convidou a participar da reunião da Coordenação Política. Foi nessa reunião que o presidente mandou um recado aos ministros mais influentes do governo: "Qualquer balanço da crise e qualquer afirmação serão feitos apenas pelo ministro da Defesa", avisou, segundo relato de um participante do encontro.

Culpa

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O presidente não quer mais polêmicas e declarações precipitadas dos auxiliares. Lula avalia que setores da mídia e da opinião pública foram "afoitos" ao jogar no governo toda a culpa pelo acidente com o Aibus da TAM que explodiu no Aeroporto de Congonhas, no último dia 17, causando a morte de 199 pessoas.