Em discurso na solenidade de inauguração do Centro de Produção de Antígenos Virais de Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na zona norte do Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se queixou de a criação da Secretaria de Ações de Longo Prazo, liderada pelo ministro Roberto Mangabeira Unger, não ter sido aprovada pelo Senado. Ele cobrou do Congresso essa responsabilidade. Segundo Lula, além dos cerca de 80 cargos da Secretaria, o governo tem tido dificuldade para contratar professores para novas escolas técnicas e universidades.
Para o presidente, choque de gestão é contratar mais gente, ter mais pessoas qualificadas trabalhando. "É preciso parar com essa mania de que todo servidor público é marajá", disse o presidente. Lula defendeu também a expansão do serviço público. Para ele, é preciso investir na contratação de novos funcionários capacitados e na remuneração adequada do funcionalismo para melhorar os serviços prestados pelo governo aos brasileiros.
Lula visitou a nova unidade do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz (Bio-Manguinhos) e comemorou a meta de nacionalizar a produção da vacina tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) até 2010. Ao lado do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e do governador do Rio, Sérgio Cabral, Lula cobrou de governadores e prefeitos o investimento em Saúde e defendeu a regulamentação da chamada emenda 29, que estabelece a obrigatoriedade de destinação para a Saúde de um percentual mínimo de recursos orçamentários. "Quando dá certo, o mérito é do prefeito e do governador, mas quando dá errado, cai tudo nas costas do ministro da Saúde".