O adiamento da discussão do Código Florestal foi criticado hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “É um absurdo não querer discutir uma lei que é de 1965. A produtividade naquela época era a metade do que é hoje”, disse Lula, ao afirmar que “as pessoas são contra mais por princípios do que por argumentos reais”. As discussões serão retomadas a partir do próximo mês porque os ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura não chegaram a um acordo sobre dispositivos do novo Código Florestal.

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Sem acordo, o presidente Lula foi obrigado a prorrogar o prazo do decreto que define o Código Florestal atual por mais dois anos. Pelas regras em vigor, os produtores rurais que estivessem destoando do que determina a legislação estariam sujeitos a sanções.

O desafio agora dos dois ministérios é convencer Lula sobre os pontos que defendem. Segundo dados oficiais, 3 milhões de produtores rurais estão contrariando as regras em vigor, sendo que 1 milhão corre o risco de perder o direito de exploração da terra. “As pessoas vão ter que me convencer sobre o que pode ou não ser modificado”, disse Lula, em café da manhã com jornalistas.

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