Lula continua firme na liderança com 34%

São Paulo

(Das agências) – Pesquisa Ibope divulgada ontem mostra poucas alterações na corrida eleitoral. O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, oscilou um ponto positivamente e lidera com 34%, seguido por Ciro Gomes (PPS), que permanece com os 27% da pesquisa anterior. O tucano José Serra foi de 11% para 12%. Anthony Garotinho, do PSB, aparece em quarto lugar, com 11%. Como a margem de erro da pesquisa é 2,2 pontos percentuais para cima ou para baixo, os dois estão tecnicamente empatados. O candidato do PSTU, Zé Maria, está com 1% das intenções de voto.

O Ibope ouviu 2 mil eleitores entre os dias 10 e 12 de agosto. A pesquisa revela ainda 5% de nulos e brancos e outros 10% não opinaram. Em um eventual segundo turno com Ciro Gomes, Lula perderia. Ciro teria 47% dos votos contra 42% do petista. Lula, entretanto, ganharia dos demais concorrentes. A pesquisa apontou que apesar de fustigado por José Serra, Ciro Gomes tem demonstrado uma surpreendente resistência. Ele vem perdendo votos nas capitais e também entre eleitores com maior instrução, mas compensa estas quedas com uma solidez nas cidades médias e pequenas.

Três indicações de que Ciro está cada vez mais consolidado no segundo lugar foi a decisão do PT de a partir de agora abandonar a posição de neutralidade, e passar a criticar Ciro com maior vigor, comparando-o com o ex-presidente Fernando Collor e destacando seus aliados, como ACM. A segunda é a afirmação do senador Jorge Bornhausen (SC), do PFL, de procurar aliados para o segundo turno das eleições. E a terceira, é o clima de desolação que tomou conta da campanha de José Serra, onde até os aliados do PMDB estão tentando debandar.

O frustrante desempenho de José Serra nas pesquisas de intenção de voto e a falta de apoio à campanha nos estados já incomodam o PMDB governista. Cotado para ser o candidato a vice de Serra, o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) pode ser o próximo peemedebista de peso a abandonar a campanha, seguindo os exemplos do senador Iris Resende, do PMDB de Goiás, e do resto do partido.

Alves só não rompeu ainda porque atendeu a apelo do presidente do PMDB, Michel Temer (SP), e do líder na Câmara, Geddel Vieira Lima (BA), para aguardar o começo da propaganda eleitoral na TV. O coordenador político da campanha, Pimenta da Veiga, reconheceu que a candidatura Serra está passando por um momento adverso. Sua avaliação é de que as dificuldades nos estados e as baixas são conseqüência do fraco desempenho do candidato nas pesquisas.

Não fosse isso, acrescentou Pimenta, o PMDB de Goiás não romperia apesar da decisão do governo Fernando Henrique de federalizar a Celg e liberar um adiantamento de R$ 200 milhões para o governador tucano Marconi Perillo. “Se tivéssemos com 40% ninguém faria isso”, disse Pimenta da Veiga. Os tucanos e a direção do PMDB apostam todas as fichas na propaganda na TV. É com esse argumento que estão tentando segurar sua base política.

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