A política industrial, em discussão no governo, ganhou alguns contornos, durante a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os principais ministros da área econômica com cerca de 100 grandes empresários brasileiros. O presidente afirmou que governo e empresários precisarão discutir seus próximos passos e definir qual é o perfil a ser perseguido para a economia brasileira nas próximas décadas e quais setores deverão ter destaque.

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Ele citou como exemplos as indústrias automobilística, siderúrgica e de papel e celulose. "Os três deveriam perseguir metas mais ambiciosas de presença no mercado global", avaliou o presidente. Segundo ele, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, chamarão os setores para discutir "políticas de incentivo, desoneração tributária e investimentos".

O fortalecimento de setores considerados estratégicos é parte da política industrial, segundo a área técnica do governo. Embora as medidas em estudo sejam do tipo horizontal, ou seja, beneficiam a todos os segmentos, alguns setores terão tratamento especial porque são considerados fundamentais para atingir as "macrometas" da política industrial. Uma delas é o aumento da participação do Brasil no comércio internacional. Setores mais capacitados a contribuir para esse objetivo deverão receber impulso extra.

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