Preocupado com os efeitos da aprovação, no Senado, do projeto que estende o reajuste do salário mínimo a aposentados e pensionistas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai cobrar dos líderes governistas uma reação na Câmara para evitar nova derrota do governo. A reunião com os líderes e os presidentes de partidos aliados, que formam o Conselho Político, será realizada na próxima quinta-feira (24) no Palácio do Planalto.

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Na terça (22), durante reunião com a Coordenação Política, formada pelos ministros mais próximos do presidente, Lula manifestou contrariedade também com a aprovação pelos senadores da emenda que garante mais R$ 23 bilhões até 2011 para a saúde, e do fim do fator previdenciário, que estimula as pessoas a adiar o pedido de aposentadoria, de forma a conter o crescimento do déficit nas contas da Previdência Social.

Lula argumentou que os parlamentares não apontaram as fontes dos recursos para compensar os gastos dos três projetos e disse que, sem a contrapartida das receitas, eles não podem ser aprovados na Câmara. O presidente reiterou que a vinculação do aumento do salário mínimo às aposentadorias e pensões compromete seriamente a política de aumento do ganho real do salário mínimo. A maior dificuldade para os líderes governistas na Câmara combaterem agora o que já foi aprovado é o fato de que, no Senado, os projetos eram de autoria dos petistas Paulo Paim (RS) e Tião Viana (AC), apoiados pela oposição nas votações.

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