O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, em Manaus, convênios no valor de R$ 335,5 milhões do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) para o Amazonas. O destino previsto é a construção de 243 mil casas, ações de combate à malária e construção no interior do Estado de sistema de captação e armazenamento de chuvas, o Prochuva. Lula assinou os convênios em um centro de convenções frente a uma platéia de cerca de 3 mil pessoas que aguardaram mais de três horas de atraso por causa da assinatura de acordo com o presidente venezuelano Hugo Chávez.
Um grupo de 30 pessoas que protestava contra a visita de Lula foi impedida de entrar no centro de convenções. Liderados pelo agricultor Airton Vieira, o protesto era contra demarcação de terras indígenas contínuas em Roraima.
Em discurso de 40 minutos, Lula repetiu que as ações dos PACs regionais só são possíveis porque o País "tem credibilidade para atrair investimentos". "Não precisamos ficar hoje mendigando em Washington como no governo passado. Em sete meses entraram no País mais de R$ 7 bilhões de investimentos", afirmou.
Depois da assinatura, Lula seguiu para o hotel Tropical, onde teria um jantar com o presidente do Equador, Rafael Corrêa. Hoje pela manhã, Lula segue para São Gabriel da Cachoeira, a 858 quilômetros de Manaus, município que concentra o maior número de etnias do Estado (65) e onde o presidente vai lançar o PAC indígena.