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José Cruz/ABr
Lula, com empresários de comunicação: garantia de que não existe espaço para censura.

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, ao assinar a Declaração de Chapultepec, no Palácio do Planalto, que "não há mais espaço para a censura no Brasil". Segundo a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), o presidente Lula, ao assinar a carta, reafirma o compromisso e o apoio do governo brasileiro à liberdade de expressão e de imprensa. O ato fez parte do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.

A Declaração de Chapultepec foi aprovada em março de 1994, no Castelo de Chapultepec, na Cidade do México, sob a coordenação da SIP. Aos empresários da imprensa e também a jornalistas presentes a cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente disse que não há mais espaço para condenar a liberdade de imprensa.

"No Brasil não há mais espaço para que a gente não compreenda, de uma vez por todas, que, quanto mais poder termos, mais responsabilidade temos que ter. Isso vale para um presidente da República, para um prefeito, para um governador, para um jornal ou para um grande jornalista", disse o presidente.

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Antes de terminar o discurso, Lula, que estava acompanhado do ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, e do porta-voz, André Singer, disse que, enquanto for o presidente da República, os jornalistas serão cada vez mais livres.

"Vocês poderão dizer o que quiserem, porque não haverá, da parte do governo, nenhuma censura. Estaremos subordinados à compreensão daqueles que lêem, daqueles que assistem e daqueles que ouvem. E os governantes estarão à mercê do julgamento daqueles que votam no país. Se compreendermos esse jogo, iremos construir a mais sólida democracia e a mais sólida liberdade de imprensa desse mundo", concluiu.

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O presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Nelson Sirotsky, afirmou ontem, na Conferência Legislativa sobre Liberdade de Imprensa no Brasil, na Câmara dos Deputados, que a principal fonte de censura à imprensa no País hoje é o Poder Judiciário. "Nossa preocupação hoje recai nas formas mais sutis, sofisticadas e, portanto, mais insidiosas", afirmou.