Lula aprova nomes do conselho curador da TV Pública

Um ministro dos anos da repressão, uma carnavalesca que ganhou cinco campeonatos de escolas de samba, um cantor de rap, uma médica e um ex-homem forte da Rede Globo estão entre as pessoas que formam o conselho curador da nova TV Pública. Ao aprovar nesta segunda-feira (26) os 15 integrantes do grupo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou mostrar que a programação da emissora não terá caráter partidário. "Não é uma TV do Lula ou da oposição", afirmou o ministro de Comunicação Social, Franklin Martins.

Principal articulador da criação da TV Pública, o ministro se irritou ao ser questionado pela imprensa sobre a inclusão na lista do nome do ex-ministro da Fazenda Delfim Netto, que participou da reunião que aprovou na noite de 13 de dezembro de 1968 o AI-5, o ato que acabou com direitos civis, radicalizou a censura e mergulhou o País numa ditadura. "Os tempos são outros" afirmou Martins, que na época combateu o regime militar.

A lista dos "fiscais" da TV Pública inclui a carnavalesca Rosa Magalhães, o cantor de rap MV Bill, a médica e diretora da Rede Sarah de Hospitais, Lúcia Braga, o empresário e ex-executivo da Rede Globo, José Bonifácio Sobrinho, o Boni, o ex-governador de São Paulo, Cláudio Lembo, a empresária Ângela Gutierrez, a museóloga Ima Vieira, o professor e ativista indígena Isaac Pinhanta, o empresário e o engenheiro mecânico José Martins.

Também fazem parte da relação os ex-assessores do governo Sarney José Paulo Cavalcanti Filho e Luiz Gonzaga Beluzzo, o filósofo Luiz Edson Fachin, o filósofo Wanderley Guilherme dos Santos e a biofarmacêutica Maria da Penha Maia, ex-vítima de agressões por parte do marido – ela emprestou o nome à lei que pune violência contra a mulher.

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