Lula anuncia recursos do PAC e diz que não deixará eventos por conta de vaias

Brasília – Depois de anunciar nesta terça-feira (31) investimentos para obras de saneamento básico e urbanização no Mato Grosso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que continuará participando de eventos públicos, mesmo que ocorram manifestações contrárias a ele ou ao seu governo. "Não tentem achar que vendendo notinhas para os jornais de que vai ter uma manifestação contra o presidente em tal lugar, que o presidente vai deixar de ir", afirmou em Cuiabá (MT). "Ninguém vai me ver de cara feia. Ninguém vai ficar com saudade de ver o Lula na rua", completou.

"A gente tem duas orelhas, uma para escutar vaia e outra para escutar aplauso. Os que estão vaiando eram os que deveriam estar aplaudindo. Os que estão vaiando, posso garantir, foram os que mais ganharam dinheiro nesse país, no meu governo. Aliás, a parte mais pobre é que deveria estar mais zangada, porque teve menos do que eles tiveram. É só ver quanto ganharam os banqueiros, empresários. Vamos continuar fazendo política sem discriminação", disse o presidente, em Cuiabá.

Na abertura dos Jogos Pan-Americanos, no Maracanã (RJ), no dia 13 de julho, o presidente Lula foi vaiado e não abriu oficialmente a competição, como estava planejado. No programa de rádio Café com o Presidente seguinte ao episódio, o presidente admitiu que ficou triste com a reação do público, mas garantiu que o governo federal não alteraria planos de investimento no Rio por causa das vaias.

De acordo com o Ministério das Cidades, o estado receberá, no total, R$ 521,5 milhões em investimentos nas duas áreas, sendo R$ 438,8 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), R$ 10,7 milhões do governo estadual e R$ 72 milhões das prefeituras de Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Várzea Grande. Ainda conforme o ministério, as obras atenderão 1,3 milhão de pessoas.

Os recursos serão usados para ampliar redes de água e esgoto e retirada de casas de áreas de risco. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou que até o mês que vem o governo termina de lançar o programa nas cinco regiões do país. Segundo ela, os projetos devem começar neste ano.

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