Lula afirma que crise dos EUA não deve causar problema ao Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, no seu programa semanal de rádio Café com o Presidente, que o governo mantém uma postura de cautela ante a crise da economia americana. "Há poucos dias lançamos algumas medidas anunciadas pelo ministro Guido Mantega para ver se melhora a situação do câmbio e para ver se incentiva ainda mais as nossas exportações. Mas de qualquer forma, nós estamos cautelosos. O ministro da Fazenda, o presidente do Banco Central têm conversado sistematicamente comigo. Até agora não há indícios de que esta crise pode causar problema ao Brasil. Bem, se houver uma crise profunda nos Estados Unidos, uma recessão, aí vai causar problemas em todos os países do mundo".

Para Lula, a diferença a favor do Brasil está no fato de que o País diversificou a sua pauta de exportação. "Você pode ter menos problemas do que outros países que dependem dos Estados Unidos ou da União Européia.

Ele explicou que a crise não chegou ao Brasil e "nós trabalhamos com a hipótese de que a crise não vai chegar ao Brasil. Por algumas razões. Primeiro porque o sistema financeiro brasileiro não está envolvido nos títulos imobiliários americanos. Segundo porque o Brasil está com a sua economia sólida e sustentada muito no seu crescimento interno e, depois, numa política de exportação muito forte. A terceira coisa é que nós diversificamos o nosso mercado exportador. Nós hoje não dependemos apenas de um ou de outro país. Nós temos uma grande exportação para toda a América Latina, para a África, para a Europa, para os Estados Unidos, para a Ásia, para o Oriente Médio. Portanto, essa diversificação dá ao Brasil uma certa garantia de que nós não teremos problemas", disse Lula.

"Eu queria dizer ao povo brasileiro que este momento é o momento de nós continuarmos acreditando no Brasil porque a situação no Brasil está melhorando, o PIB continua crescendo, os investimentos, crescendo. O crédito está crescendo, o salário está crescendo, a renda do povo está crescendo e o mercado interno continua muito forte e nós precisamos acreditar que é isso que vai sustentar o Brasil e vamos continuar trabalhando para que seja assim", concluiu o presidente na sua análise dos efeitos da crise econômica internacional.

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