Ao participar nesta segunda-feira (12) da cerimônia de assinatura de convênio para a transferência de recursos do governo federal para o governo do Rio de Janeiro, para realização das obras do anel rodoviário naquele Estado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a crise de gás no Rio ocorrida há dez dias foi um "mal-entendido". Ele assegurou que o que se chamou de crise de gás no Estado "espelhou o negativismo" que se vende no País e voltou a criticar os pessimistas.
"Houve um problema e, de repente, se vendeu como a crise do gás, quando, na verdade não tinha crise do gás. Teve um mal entendido que poderia ser resolvido com um pouco de bom senso das pessoas que participavam daquele momento do gás", comentou. O presidente usou uma comparação para explicar a matriz energética brasileira: "É como uma espécie de um especialista que está no hospital para atender apenas os casos mais graves ali. Como nós temos um potencial hídrico extraordinário, o gás é usado quando os lagos baixam e a produção de energia da termelétrica tem de ser acionada por gás. E foi o que aconteceu".
Em seguida, anunciou que o governo vai trabalhar para ter independência também na questão do gás. E desabafou: "Qualquer coisa que acontece as pessoas vendem como crise, como o começo do apocalipse, e nós que estamos aqui, acompanhando diariamente, estamos olhando com muito carinho o que está acontecendo no Brasil e vamos terminar o ano em uma situação privilegiada".
Para o presidente, "as coisas estão todas confluindo de forma muito positiva, como se tivéssemos uma energia superior dizendo ‘agora é a vez do Brasil’". Ele reiterou os ataques aos pessimistas: "E não pensem que não tem gente pensando pra não dar certo. Tem. Mas eu penso que a nossa capacidade de trabalho, nossa força, nossa fé, é muito maior do que o negativismo que alguns tentam passar para a sociedade. Negativismo que ficou espelhado com o problema do gás, no Rio, no outro dia".