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Brasília – O governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), deu, na quarta-feira, um ultimato ao governo federal. Depois de se reunir com os ministros Antônio Palocci (Fazenda) e Aldo Rebelo (Coordenação Política), Luiz Henrique deu prazo de um mês para o governo federal resolver as pendências do estado ou romperá com o Palácio do Planalto.

O governo do estado de Santa Catarina cobra o ressarcimento das perdas da Lei Kandir, a definição da privatização ou não do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) e o reenquadramento da empresa estatal Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), hoje classificada como empresa comercializadora de energia elétrica. Além disso, o governador catarinense ainda reclamou da oposição dos integrantes do Partido dos Trabalhadores no estado a seu governo.

Em tom de ameaça, Luiz Henrique disse: "Vou dar mais um mês. Após esse mês, vou dizer para vocês o que vou fazer: vou tomar meu rumo. Tenho sido definido como um defensor intransigente do presidente e de seu governo, mas se o meu governo não me estende a mão, eu vou tomar o meu rumo".

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O governador fez ainda uma lista de suas queixas com o governo Lula. Segundo ele, o governo federal deveria ter repassado R$ 330 milhões das perdas da Lei Kandir, referentes ao ano passado, e mais R$ b230 milhões de 2005. Luiz Henrique disse que não pede nada demais, ele espera apenas do governo federal um "tratamento de aliado". "Não quero privilégio. Quero atenção que um aliado merece. Se não tiver essa atenção, é porque não sou considerado aliado", argumentou Luiz Henrique. O governador afirmou que o ministro Aldo Rebelo está trabalhando para encontrar uma solução para as reivindicações de Santa Catarina, mas o Ministério da Fazenda não colabora: "Se dependesse do ministro Aldo, as questões estavam resolvidas. A resistência está na burocracia da Fazenda", queixou-se Luiz Henrique.

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