O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República Luiz Dulci, não relaciona a derrota do Governo no Senado na votação da MP que criaria a Secretaria de Longo Prazo (e que seria dada ao cientista Mangabeira Unger)à situação do presidente do Senado ,Renan Calheiros (PMDB-AL). Em entrevista nesta quinta-feira, o ministro disse que o processo de cassação de mandato de Calheiros fortaleceu seu mandato como senador e como presidente do Senado. E ponderou que "a derrota na votação do Senado não é uma regra, mas sim uma exceção".
"Na verdade, acho que a coalizão funciona muito bem, e o ritmo de votação no parlamento é bom, e que alguns problemas são normais, explicou Dulci. Ressaltou ainda que "mais de 90% dos projetos encaminhados tanto a Câmara como no Senado, tramitam em um ritmo bom". Dulci participou na manhã de hoje da Conferência dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Funcionalismo Público Estadual de São Paulo.
Ele explicou ainda sobre o resultado adverso do Senado contra a criação da secretaria de Mangabeira Unger, que o Governo acha necessário que exista uma secretaria de planejamento de longo prazo, "não sei que medida será tomada, mas se tem necessidade de uma secretaria de longo prazo, pois o País está crescendo. É tão necessária que o presidente foi chamar uma pessoa capacitada como o cientista Mangabeira Unger. Não sei como a secretaria será criada agora. A vontade política é de que exista a secretaria, e agora se busca uma base técnica para criá-la".
O ministro Dulci entende também que "a CPMF será aprovada no Congresso, pois sempre se enfrenta processos complexos no Parlamento, mas acredito na força da coalizão de partidos que apóiam o Governo".