Lotado, pronto-socorro do HC-SP atende até no corredor

Nas macas espalhadas pelo corredor, os pacientes deveriam permanecer por, no máximo 12 horas. Alguns, no entanto, ficam bem mais do que isso. Às vezes, dias. Entre uma emergência e outra, os atendimentos dos casos de menor complexidade são, muitas vezes, feitos ali mesmo. Superlotado, o pronto-socorro do Hospital das Clínicas (HC) de São Paulo aguarda um processo de ampliação enquanto casos como febre, dores musculares e pequenos machucados, que deveriam ser tratados em hospitais de menor complexidade ou unidades de Assistência Médica Ambulatorial (AMAs), da prefeitura, continuam chegando todos os dias.

Cerca de 650 pacientes são atendidos diariamente no pronto-socorro. Em dias de crise, o número cresce. Já chegou a 900. Crise, aliás, é a primeira impressão de quem passa pela porta, sem desconfiar que 70% daquelas pessoas não deveriam estar ali.

Para muitos pacientes, o HC continua sendo a primeira opção em situações de pequena complexidade, o que foge do perfil do serviço. Parte da situação pode ser explicada pelo desconhecimento da população sobre como funciona a rede. Mas isso não é tudo. A falta de confiança no Sistema Único de Saúde (SUS) e em outros serviços de emergência faz com que o HC sofra as conseqüências do reconhecimento por seu bom atendimento.

Muita gente prefere enfrentar a lotação a ser atendida em outros lugares. ?A rede precisa realmente ganhar mais credibilidade com a população?, afirma Massayuki Yamamoto, diretor do Instituto Central do hospital. Além disso, o pronto-socorro do HC recebe pacientes de lugares distantes. Ambulâncias com o nome de várias cidades chegam a todo o complexo do HC todos os dias.

Para responder a essa situação de constante excesso de pacientes o HC prepara mudanças. Casos de urgência de especialidades como otorrinolaringologia e oftalmologia já foram deslocados para o prédio dos ambulatórios, melhorando o fluxo no pronto-socorro que, até o final do ano, começa a ser ampliado. Com investimento de R$ 1,5 milhão, a obra prevê a ampliação da capacidade de atendimento. Hoje, são 50 leitos – fora 67 reservados nos ambulatórios para pacientes que dão entrada no pronto-socorro. Até o final da reforma, em 2008, mais 34 devem ser incorporados. Em 2008, também deve começar outro processo de ampliação e reestruturação do pronto-socorro, com a construção de um novo centro para vítimas de traumas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo