O prédio onde morreu o ex-coronel da PM Ubiratan Guimarães, em setembro de 2006, deverá passar por nova perícia na tarde de hoje, segundo o advogado Eugênio Carlo Balliano Malavasi, que representa Carla Cepollina, acusada pelo crime.
A perícia foi determinada após um pedido da defesa de Cepollina. De acordo com o advogado, o objetivo é verificar informações do depoimento do porteiro que trabalhava no dia do crime. A perícia está marcada para ocorrer a partir das 16h, na região dos Jardins, na zona oeste de São Paulo.
Malavasi afirmou que o porteiro também deverá participar da perícia, que acontece apenas um mês antes do julgamento de Cepollina. Caso o laudo da nova perícia não seja concluído até a data marcada (05 de novembro), pode haver o adiamento do julgamento.
Cepollina, que nega o crime e alega inocência, responde ao processo em liberdade. Em agosto, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou outro recurso da defesa, que tentava anular a decisão de que Cepollina deveria ser levada a júri popular.
Crime
Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, o coronel Ubiratan foi baleado em seu apartamento, nos Jardins ( zona oeste), no dia 9 de setembro de 2006.
A investigação da polícia apontou Cepollina como única responsável pelo crime. Ela foi a última pessoa a ser vista entrando no apartamento, e, segundo a polícia, sua motivação seria o ciúme.
Ela foi indiciada pela polícia e denunciada pelo Ministério Público sob a acusação de homicídio duplamente qualificado –por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.