A Justiça Federal mandou soltar o lobista João Pedro de Moura, apontado como elo do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, com suposto esquema de desvio de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A ordem foi dada pela juíza Silvia Rocha, da 2.ª Vara Criminal Federal de São Paulo, após manifestação da Procuradoria da República favorável à medida.

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Além de Moura, foram postos em liberdade ontem à tarde o empresário Marcos Mantovanni, denunciado como mentor da trama, e Celso Murad, gerente da boate WE, reduto da organização, segundo apurou a Polícia Federal durante a Operação Santa Tereza, deflagrada em 24 de abril. Mantovanni e Murad também negam irregularidades.

Moura estava preso havia quase 100 dias no Centro de Detenção Provisória II, em Guarulhos. Quando foi capturado, identificou-se como assessor de Paulinho, que é alvo de investigação do Ministério Público Federal e do Conselho de Ética da Câmara. Segundo a PF, o deputado iria receber R$ 256 mil em propinas relativas a dois financiamentos do BNDES para as Lojas Marisa e a Prefeitura de Praia Grande (SP). Paulinho nega. Seu advogado, o criminalista Leônidas Scholz, avalia que “a PF diz muito e prova pouco”.

O criminalista Frederico Crissiúma de Figueiredo, defensor do lobista, disse ter ficado “muito satisfeito” com a decisão judicial. “Estou confiante em que será demonstrada a inocência de Moura.” Ontem, Figueiredo enviou petição ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) desistindo de habeas corpus em favor de seu cliente – a corte indeferiu o pedido, mas isso não afeta a decisão da juíza Silvia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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