Brasília (AE) – De olho no cobiçado título de grau de investimento (investment grade) concedido pelas agências de classificação de risco (rating), o Tesouro Nacional enviou ontem para elas, um material que demonstra a substancial melhora do País nos últimos anos nos indicadores de endividamento externo das empresas privadas. O documento reúne uma série de dados que mostram que as empresas brasileiras devem para os estrangeiros bem menos e com melhor qualidade, o que torna baixo o risco de o Brasil não honrar seus compromissos externos. ?O recente desenvolvimento da dívida externa privada reforça a melhora geral nas contas externas do Brasil nos últimos anos?, relata o documento. ?Em contraste com alguns mercados emergentes as empresas brasileiras reduziram sua exposição a débitos externos, ao mesmo tempo que alongaram os prazos do estoque remanescente.?
O envio do material é mais um capítulo da saga empreendida pelo Tesouro para convencer os avaliadores internacionais de que o Brasil merece uma nota melhor do que a atual. Atingir essa nota é o grande sonho acalentado pela cúpula do Tesouro. Isto porque a classificação mais alta abrirá ao Brasil as portas de uma montanha de dinheiro dos fundos de pensão dos países desenvolvidos, que dará condições bem melhores para o País se financiar lá fora – como juros mais baixos.
