Onze anos após a falência da Ingá Mercantil, em Itaguaí, litoral sul do Estado do Rio, continua indefinida a situação do lago tóxico com 390 mil metros cúbicos de efluentes líquidos que foram abandonados pela empresa e ameaçam vazar na Baía de Sepetiba. Até 1997, a planta era voltada para a extração de zinco.

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Fracassou nesta terça-feira (15) uma tentativa do síndico da massa falida da Ingá Jarbas Barsanti, de vender o terreno, de 968 mil metros quadrados. Como não houve compradores interessados, será marcado um novo leilão, possivelmente em junho. A descontaminação do terreno era uma das precondições para a realização do leilão.

O terreno da Ingá é considerado "um dos maiores passivos ambientais" do Estado pelo governo. Barsanti afirma que o processo de descontaminação será mantido: "A recuperação do terreno está sendo feita por profissionais de conceituadas universidades, com procedimentos seguros. A população pode ficar tranqüila, pois não vai ocorrer nenhum acidente ambiental."

Os 390 mil m³ de efluentes formam um "lago" de 260 mil m² e houve vazamentos nos últimos anos de rejeitos como cádmio, que contamina solo e subsolo. Um projeto de descontaminação foi montado por técnicos da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio) e da Coordenadoria dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ).

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