A juíza Milena Dias condenou Lindemberg Alves Fernandes nesta quinta-feira (16) a 98 anos e 10 meses de prisão pela morte de Eloá Pimentel, sua ex-namorada, ocorrida em Santo André, São Paulo, em 13 de outubro de 2008. Ele terá que pagar ainda 1.320 dias pelos 12 crimes. Mas, de acordo com a lei brasileira, ele não poderá ficar preso por mais de 30 anos.

continua após a publicidade

“O réu agiu com frieza, premeditadamente, sob a premissa de que Eloá não poderia terminar o relacionamento. Nesse contexto envolveu os amigos na data em que ele invadiu o apartamento. Ele agrediu psicologicamente a todos e ainda deu entrevista durante o ato”, disse a juíza durante a leitura da condenação. O réu ouviu a toda a sentença de cabeça baixa.

Os crimes

Linderberg Alves era acusado por 12 crimes. Além de ser o responsável pelo cárcere e assassinato de Eloá, ele responderá pelas acusações de tentativa de homicídio contra Nayara, outra tentativa de homicídio contra o policial militar Atos Antonio Valeriano. Ele também é acusado de manter Nayara em cárcere privado, bem como seus colegas: Iago de Oliveira e Victor Lopes de Campos; e do irmão de Eloá: Ronikson Pimentel. Ainda neste julgamento, ele responderá pelos disparos feitos por ele no dia da morte de Eloá.

continua após a publicidade

Cronologia

O julgamento de Lindemberg começou na manhã de segunda-feira (13), no fórum de Santo André, em São Paulo.

continua após a publicidade

A primeira pessoa a depor foi a estudante Nayara Rodrigues, que permaneceu no cárcere com Limberberg e Eloá. Foi ouvido também o sargento Atos Valeriano, que negociou com o réu por aproximadamente 22 horas.

Já no segundo dia de julgamento, os irmãos de Eloá, Ronickson e Everton Douglas Pimentel, foram ouvidos. Ambos classificaram Limbemberg como um louco, um monstro. O capitão do Gate, Adriano Giovanini, também deu a sua declaração, assim como a perita Dairse Lopes, que falou sobre a arma apreendida. Neste dia também foram ouvidos os jornalistas Márcio Campos e Rodrigo Hidalgo, da TV Bandeirantes.

No terceiro dia aconteceu o depoimento mais esperado, o do réu. Lindemberg pediu perdão à mãe de Eloá. Ele afirmou ainda ter uma dívida muito grande com a família da ex-namorada e que entendia a dor que eles estavam sentindo. O réu afirmou ter atirado em Eloá após a invasão da polícia, depois de mais de cem horas de cárcere.