A liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendendo o desconto dos dias parados dos auditores da Receita Federal pelo Ministério do Planejamento, concedida na última quarta-feira (16) pelo ministro Napoleão Maia Filho, reforça a possibilidade de manutenção da greve, que entra nesta quinta-feira (17) no 31º dia, nas assembléias que a categoria realiza amanhã. O ministro do STJ levou em consideração, na liminar, "a natureza alimentar" dos salários que seriam cortados.
Os auditores discutem nas assembléias de amanhã a contraproposta salarial feita pelo Ministério do Planejamento, considerada "pífia" pela diretoria do Sindicato Nacional dos Auditores, o Unafisco.
O Planejamento propôs um cronograma de reajustes em julho próximo, julho de 2009 e julho de 2010, retardando em oito meses o primeiro reajuste e em 15 meses o último em relação ao acordo salarial discutido ano passado, segundo a Unafisco. Está em discussão um piso de R$ 14.390, para início de carreira, e um teto de R$ 19.250.
A decisão do Ministério do Planejamento de cortar o ponto dos grevistas, baseada em liminar do Supremo Tribunal Federal que permitiu o desconto dos dias parados, encerrou a greve dos advogados da Advocacia Geral da União (AGU), que retornaram ao trabalho na segunda-feira passada.
