O desfile das escolas de samba de São Paulo de 2014 terá menos jurados do que no ano passado. Serão quatro julgadores para cada quesito – no ano passado, eram cinco. “Quatro jurados são suficientes para que a escola seja avaliada em todos os setores da pista”, afirmou Paulo Sérgio Ferreira, o Serginho, presidente da Liga da Escolas de Samba de São Paulo, em entrevista coletiva no Anhembi na manhã desta terça-feira, 18.

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Além disso, 40% do júri será diferente da equipe de 2013. Segundo Serginho, uma pesquisa de 2013 apontou que o maior número de acertos veio de julgadores novos. “Há anos a Liga vem tentando aperfeiçoar a capacitação de julgadores. Em 2015, vamos ser modelo de julgamento”, prometeu.

Também foi feita uma alteração no sistema de pontuação das escolas, que terá diferentes tipos de penalidades. “Estamos nos equiparando ao Código Penal ou ao Código Civil de Trânsito. Vamos ter penalidades leves, médias, graves e gravíssimas, que podem somar perda de até dois pontos, dependendo da gravidade”, explicou.

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Apuração.

Assim como aconteceu no ano passado, as torcidas das escolas não poderão acompanhar a apuração do resultado no Anhembi. A medida foi tomada depois do Carnaval de 2012, quando o membro de uma escola invadiu a área da apuração e rasgou os votos de um jurado. Apenas dez membros de cada escola poderão acompanhar a contagem dos votos. Serginho disse que as agremiações já estão providenciando telões nas quadras para que os foliões possam torcer no dia da apuração.

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Carnaval de rua.

Com quase 200 blocos cadastrados para o Carnaval deste ano – pelos menos três vezes mais do que a estimativa do ano passado, quando ainda não havia cadastramento -, o Carnaval de rua de São Paulo está recebendo mais atenção da Prefeitura. O vice-presidente da SPTuris, Ítalo Cardoso, afirmou que todos os cordões carnavalescos cadastrados receberão banheiros químicos e orientação para o trânsito da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

No entanto, apesar do cadastramento dos blocos, apenas os grupos que fazem parte da Associação das Bandas Carnavalescas de São Paulo (Abasp) e Associação das Bandas, Blocos e Cordões Carnavalescos do Município de São Paulo (ABBC) recebem algum tipo de financiamento da Prefeitura. “Eu acho que tem que padronizar, senão vai gerar um conflito que vamos ter que administrar lá na frente. Eles já estão ganhando com a infraestrutura, mas com certeza a Prefeitura vai ter que dialogar”, opinou Cardoso.