Os líderes governistas admitiram nesta terça-feira (25) que o primeiro turno da votação da proposta que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) só deverá ser concluído na Câmara no dia 2 de outubro. Por uma questão política – as nomeações para a Petrobrás e outra regimental – e o excesso de emendas, as votações que seriam retomadas nesta terça-feira foram transferidas para amanhã.

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Politicamente, o governo teve de resolver a rebelião no PMDB. A bancada está insatisfeita com a nomeação de petistas para a diretoria da Petrobrás. Em reunião com o ministro de Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, o governo explicou que as mudanças foram feitas envolvendo um único partido, ou seja, trocando petistas por petistas. No encontro, Mares Guia disse que o governo cumprirá o que foi acordado com os partidos da base. Uma das reivindicações do PMDB é a vaga na diretoria de relações internacionais da Petrobrás.

Na sexta-feira, o governo promoveu um mudança na Petrobrás e nomeou o ex-senador José Eduardo Dutra para a presidência da BR-Distribuidora e Maria das Graças Foster para a Diretoria de Gás. Ela ocupou o cargo do petista Ildo Sauer que se afastou do cargo com duras críticas ao partido e ao governo. "Havia um acordo entre governo e a base de que não sairiam nomeações até a conclusão da votação da CPMF", disse o líder do governo, José Múcio (PTB-PE). Segundo ele, no entanto, a questão foi resolvida com as explicações dadas aos aliados.

Obstrução

Regimentalmente, os governistas estão buscando formas para reduzir o número de votações previstas para essa fase. Até agora das 65 emendas aglutinativas apresentadas ao projeto foram aceitas pela secretaria da Mesa apenas 26 e outros 10 destaques, o que exige 36 votações nominais. Além disso, os líderes estão analisando a possibilidade de recorrer à critérios regimentais para evitar as votações das emendas apresentadas pela oposição.

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